Lições do Desejo tinha tudo para dar certo, mas com protagonistas infantis e uma trama não muito atraente, acabou dando errado.
                      O livro conta a história de Phaedra, uma mulher que no primeiro livro parece ser forte, determinada, livre, independente e decidida. Ela ainda o é no segundo livro, mas não de uma forma boa, é de uma forma extremamente distorcida e infantilizada da visão que a personagem tem da vida.

                       Phaedra foi criada por Artemis, uma mulher que acreditava na força do “amor livre” que envolvia amar quem quiser da forma que quiser sem as “amarras” do casamento. Aos dezesseis anos, Phaedra foi literalmente tocada para fora de casa por sua mãe e foi morar sozinha, então, em tese, ela deveria ser uma mulher extremamente madura (o que não é). 
                      Logo no início do livro vemos Elliot, o caçula dos Rothwells conversando com seu irmão mais velho sobre um suposto livro escrito pelo pai de Phaedra que continha revelações relacionadas a morte do amante da mãe deles (tudo indica que foi o pai que mandou matar). Elliot é incumbido de procurar Phaedra e convencê-la a tirar essa parte do livro, custe o que custar.
                Elliot acaba tendo que ir atrás de Phaedra na Itália, porque a mocinha, que tem responsabilidade de publicar o livro de seu pai, leu em uma de suas memórias que a mãe dela não era realmente o que ela acreditava e que a herança dada a Phaedra (um camafeu), era falsa, sendo sua mãe enganada ao comprar a peça. Logo quando Elliot chega na Itália ele já se depara com Phaedra presa em seu hotel, por ter ocasionado um duelo envolvendo um artista que estava obcecado por ela que por uma triste coincidência também era parente do príncipe (ou rei, já não sei mais).
                      Querendo tirar uma vantagem da situação, Elliot procura o magistrado da cidade e se oferece para ficar de olho em Phaedra, tendo que literalmente leva-la para todo lugar que ele ia. E praticamente acaba a história, eles ficam viajando de um lado ao outro em busca de alguém que consiga ajudar Phaedra e que Elliot consiga terminar o livro que está escrevendo.
                      Rola romance? Rola, mas de uma forma muito tosca. A protagonista, que tem uma visão bem distorcida do que é o amor (em minha humilde opinião), acha que é uma deusa e se torna uma pessoa extremamente infantil, chata, irritante, egoísta, e cheia de não-me-toques. Elliot também não é dos melhores. No primeiro livro ele aparentava ser intelectual e gentil, mas o que vemos no segundo livro é uma pessoa egoísta e completamente burra, porque passa o livro inteiro correndo atrás de uma mulher que obviamente não vai servir para ele, nem para ninguém, mas no final ele dá uma melhorada.
                      De resto, o livro é bom para passar o tempo, a autora escreve de uma forma fluída, com personagens secundários que agradam muito mais que os protagonistas. Apesar da premissa ser bastante madura comparada com a realidade que a autora nos apresentou, ainda quero dar uma chance para ela e terminar essa série. Esperando que os próximos sejam melhores.
                      Vocês leram? O que acharam?
                      Até a próxima!
A veroneira




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