Lições do Desejo tinha
tudo para dar certo, mas com protagonistas infantis e uma trama não muito
atraente, acabou dando errado.
O livro conta a história
de Phaedra, uma mulher que no primeiro livro parece ser forte, determinada,
livre, independente e decidida. Ela ainda o é no segundo livro, mas não de uma
forma boa, é de uma forma extremamente distorcida e infantilizada da visão que
a personagem tem da vida.
Logo no início do livro
vemos Elliot, o caçula dos Rothwells conversando com seu irmão mais velho sobre
um suposto livro escrito pelo pai de Phaedra que continha revelações
relacionadas a morte do amante da mãe deles (tudo indica que foi o pai que
mandou matar). Elliot é incumbido de procurar Phaedra e convencê-la a tirar
essa parte do livro, custe o que custar.
Elliot acaba tendo que ir
atrás de Phaedra na Itália, porque a mocinha, que tem responsabilidade de
publicar o livro de seu pai, leu em uma de suas memórias que a mãe dela não era
realmente o que ela acreditava e que a herança dada a Phaedra (um camafeu), era
falsa, sendo sua mãe enganada ao comprar a peça. Logo quando Elliot chega na
Itália ele já se depara com Phaedra presa em seu hotel, por ter ocasionado um
duelo envolvendo um artista que estava obcecado por ela que por uma triste
coincidência também era parente do príncipe (ou rei, já não sei mais).
Querendo tirar uma
vantagem da situação, Elliot procura o magistrado da cidade e se oferece para
ficar de olho em Phaedra, tendo que literalmente leva-la para todo lugar que
ele ia. E praticamente acaba a história, eles ficam viajando de um lado ao
outro em busca de alguém que consiga ajudar Phaedra e que Elliot consiga
terminar o livro que está escrevendo.
Rola romance? Rola, mas de
uma forma muito tosca. A protagonista, que tem uma visão bem distorcida do que
é o amor (em minha humilde opinião), acha que é uma deusa e se torna uma pessoa
extremamente infantil, chata, irritante, egoísta, e cheia de não-me-toques.
Elliot também não é dos melhores. No primeiro livro ele aparentava ser
intelectual e gentil, mas o que vemos no segundo livro é uma pessoa egoísta e completamente
burra, porque passa o livro inteiro correndo atrás de uma mulher que obviamente
não vai servir para ele, nem para ninguém, mas no final ele dá uma melhorada.
De resto, o livro é bom
para passar o tempo, a autora escreve de uma forma fluída, com personagens
secundários que agradam muito mais que os protagonistas. Apesar da premissa ser
bastante madura comparada com a realidade que a autora nos apresentou, ainda
quero dar uma chance para ela e terminar essa série. Esperando que os próximos
sejam melhores.
Vocês leram? O que
acharam?
Até a próxima!
A
veroneira